Assessoria UGT
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) reuniu-se, na manhã desta última sexta-feira (8), com as demais centrais sindicais para definir o calendário de mobilizações contra a reforma da Previdência.
De acordo com Canindé Pegado, secretário Geral da UGT, esta é a maior demonstração de unidade do movimento sindical dos últimos tempos. “As centrais estão unidas para definir o rumo e o bem-estar da população. Respeitamos as divergências e debatemos, com respeito, até chegar a um acordo de ações em benefício dos brasileiros. Esta é a maior manifestação de unidade do movimento sindical do Brasil.”
No encontro, ficou definida uma “Jornada de Lutas”, ou seja, as entidades sindicais ficarão em estado de greve e se manifestarão, de acordo com suas possibilidades, a fim de conscientizar suas categorias e a população em geral sobre os malefícios do desmonte da Previdência proposto pelo governo.
O objetivo é lutar para que a reforma não seja votada e, consequentemente, aprovada da forma como foi apresentada. No entanto, “se colocar pra votar, o Brasil vai parar” é o mote da campanha unificada das centrais sindicais, o que significa que se o governo insistir em aprovar a reforma da Previdência da maneira como foi enviada, será organizada uma paralisação nacional.
Na próxima semana, as centrais voltarão a se reunir para definir os passos a serem tomados rumo à vitória dos trabalhadores.
Veja abaixo a nota das centrais.
As centrais sindicais repudiam e denunciam como mentirosa e contrária aos interesses do povo brasileiro a campanha que o governo vem promovendo para aprovar a contrarreforma da Previdência.
A proposta enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende, sobretudo, aos banqueiros.
Quem de fato goza de privilégios neste País são os banqueiros e os grandes capitalistas, que devem mais de R$ 1 trilhão ao INSS, não pagam e, pior, não são punidos. Eles foram premiados pelo governo com as desonerações, além da DRU (Desvinculação das Receitas da União), manobra que o governo faz para tirar dinheiro da Seguridade Social para pagar os juros da dívida incontáveis.
A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, assim como outras alterações nas regras da Previdência pública, vai prejudicar milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
A contrarreforma do governo é inaceitável para a classe trabalhadora e as centrais sindicais e tem custado caro aos cofres públicos. Por isto é rejeitada pela maioria dos brasileiros e brasileiras.
É falsa a ideia de que existe déficit da Previdência. Para melhorar as contas públicas, é preciso cobrar mais impostos dos ricos, fazer com que os empresários paguem o que devem à Previdência, taxar as grandes fortunas, os dividendos e as remessas de lucros ao exterior.
As centrais reafirmam a posição unitária da classe trabalhadora e de todo movimento sindical contra esta proposta do governo e convocam os sindicatos e o povo à mobilização total para derrotá-la.
CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, Pública, UGT, CGTB, CSP – Conlutas, Intersindical
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