Ação do SINECOFI faz ex- funcionários do Super Max receberem indenizações

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Trabalhadores surpreendidos com o fechamento das lojas em 2016, e que
entraram com ação judicial, conseguiram receber parte dos direitos trabalhistas

O desespero, há dois anos, dos mais de 500 funcionários da rede Max de
supermercados, deu lugar ao alívio, com o pagamento das indenizações
trabalhistas, que foram ignoradas pela empresa na época, com o fechamento das
lojas em Foz do Iguaçu, deixando centenas de desempregados, e sem pagar
qualquer indenização ou direitos dos trabalhadores. A grande maioria ingressou na
Justiça do Trabalho, através do Sindicato dos Empregados no Comércio de Foz do
Iguaçu (Sinecofi), e nos últimos dias começou a receber os valores. Clayton Alves
trabalhou quase sete anos no Supermercado, e fez um comparativo da agilidade do
processo com outros casos semelhantes, como a Santa Casa e Lembrasul. “Até
hoje funcionários de outras empresas não receberam, mas neste caso foi bom, já
que nem estávamos esperando”, comentou.

Pagamentos
A divisão dos pagamentos foi feita de forma proporcional ao que cada um teria
direito, já que o valor arrecadado no leilão de bens não cobria o valor total das
indenizações. Isso só foi possível por causa de uma medida cautelar impetrada pelo
Jurídico do Sindicato, para que os bens que ainda estavam nas lojas fossem
colocados em leilão. Os bens móveis da Rede Max foram divididos em lotes, os
interessados arremataram diversos bens, como maquinários de açougue e
panificação, equipamentos como câmaras frias, balcões refrigerados, fogões,
computadores, gôndolas, bebedouros etc. O total acumulado dos processos
trabalhistas gira em torno de R$ 12 milhões, e o arrecadado com as vendas no
leilão chegou a pouco mais de R$ 2 milhões, esse valor foi colocado numa conta
judicial, para que individualmente cada ex-funcionário pudesse receber sua parte
nessa divisão, o que já começou a ser realizado. Aqueles que entraram com ação
através do Sindicato, a grande maioria, receberam pelo próprio sindicato, como foi
o caso do também ex-trabalhador Elias Caroba, que um mês antes de tirar férias foi
surpreendido com a situação. “É um alívio receber, mesmo não sendo o valor total
dos direitos trabalhistas. Fiquei mais de um ano desempregado e ter na mão um
dinheiro quase perdido é sensacional”, completou.

Interferência do Sindicato
Desde que houve o anúncio da primeira loja fechada em Foz do Iguaçu o Sindicato
tomou a iniciativa de assegurar os direitos dos trabalhadores, mesmo com a
garantia dos diretores da Rede de Supermercados de que as outras lojas não
fechariam. Os diretores do SINECOFI se reuniram por diversas vezes com os
funcionários para defender centenas de trabalhadores que estavam sendo
desrespeitados. Para o Diretor Jurídico do Sinecofi, Marcos da Silva, a interferência
sindicato foi vital para o recebimento desses valores.

“O Sindicato agiu rápido e
garantiu uma reserva de crédito para o pagamento desses trabalhadores. Se isso não tivesse acontecido eles dificilmente receberiam”, garantiu. O Diretor esclareceu
ainda que os ex-funcionários que não entraram com a ação não irão receber mais.

Justiça Célere
Outro fator que ajudou no pagamento dos ex-funcionários foi a rapidez com que a
Justiça do Trabalho, atendeu as reivindicações do Sinecofi. Primeiro com a medida
cautelar, concedida para garantir a penhora dos bens, e depois na tramitação do
processo. “A Justiça viu que eram muitos funcionários sem rendimentos e
desempregados, e a partir disso demorou dois anos para concluir um processo que
normalmente dura 4 ou 5 anos”, comentou o Diretor Jurídico, que finalizou
esclarecendo que os processos individuais ainda darão continuidade e é possível
que a justiça ainda consiga penhorar outros bens para o pagamento.

 

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